Diz-se que o Amor expande a Vida e dissipa o temor que aparece muitas vezes associado com a perda e o egoísmo. E também se diz que quem o perde, perde também a vida, ainda que prossiga o movimento natural do corpo.
Em algumas culturas antigas, onde se procurava que a cada coisa fosse atribuído o seu real valor, era muito importante uma consistente consciência da Unidade da Vida, isto é, o que une tudo aquilo que ilusoriamente consideramos como separado. E a cola que une tudo, não é mais do que as várias facetas do Amor, mas sempre entendidas no seu mais sublime sentido.
É também o laço que une os seres humanos por causas e propósitos comuns e até a força que une os átomos para formar moléculas, ainda que isto seja relativamente inconcebível para nós.
Enfim, entre o mais carnal até o mais divino, se extende uma ponte a fazer de união e que é feita desse substrato tão pouco tangível a que chamamos de Amor.
E algures no meio se encontra cada um de nós dirigindo-se ora para um lado, ora para outro, consoante a sua perspectiva do sentido que toma a ponte.
Cada um decidirá sobre que direcção quer tomar e ninguém poderá fazer juízos de valor sobre essa escolha, a não ser o próprio no seu mais íntimo exame de consciência.